quarta-feira, 27 de abril de 2011
Moléculas de Bruxaria
Quando falamos em bruxas, logo imaginamos o caldeirão, as poções, as ervas, os ingredientes, e outros detalhes, como a varinha mágica, o chapéu, a vassoura que voa e aquela velha senhora de aparência malévola com uma verruga na ponta do nariz. Exageros e invenções fantasiosas a parte, o fato é que durante cerca de quatro séculos da idade média, milhares de pessoas foram mortas na Europa, em fogueiras ou simplesmente apedrejadas por serem acusadas da prática de bruxaria.
O que hoje virou uma brincadeira das festas de Halloween, já teve um fundo trágico de verdade na Europa média antiga. Aliás, essa festa teve origem Pagã na festa Celta dos mortos. Entre os acusados de bruxaria havia homens, mulheres, crianças, aristocratas, mas, sobretudo mulheres idosas.
Após o séc. XIV a igreja começou a considerar obra de Satã, qualquer manifestação relacionada à bruxaria, e qualquer ato deste tipo era uma heresia punida com a morte.
As acusações contra as bruxas eram diversas, dentre as quais diziam que elas promoviam rituais orgíacos, voavam com vassouras, matavam crianças e sempre que acontecia um desastre natural como uma grande safra perdida.
Em vários países da Europa a caça as bruxas ocorriam, mas em muitas aldeias da suíça, quase não sobrou uma mulher viva pra contar a história até cerca de 1650.
Há relatos que em 1699, na Escandinávia, 85 bruxas foram queimadas de uma só vez, numa fogueira, com base em acusações de pequenas crianças, que afirmaram ter visto as mesmas voando para um Sabá (Encontro de bruxas satânico). Impressionante não?
Muitas dessas mulheres acusadas de bruxaria eram na verdade herboristas competentes no uso de plantas usadas para curar doenças e diminuir dores. Algumas podiam até fornecer poções do amor, e havia aquelas que desfaziam e desfaziam feitiços, ou seja, ligadas a aspectos esotéricos.
O interessante é que muitas mulheres torturadas acabavam se dizendo bruxas e confessavam ter voado em suas vassouras. É claro, que sob torturas terríveis, as mulheres iriam afirmar qualquer coisa que pedissem. Mas algumas de fato acreditavam ter voado de verdade. E isso, é possível explicar nos dias de hoje perfeitamente.
Muitas dessas herboristas (bruxas) usavam em seus preparos medicamentosos, ervas que continham grandes quantidades de "alcalóides entorpecentes".
Segundo o folclore, as bruxas usavam freqüentemente sapos ou partes dele em suas poções. O fato, é que existe um componente no veneno do sapo Europeu, A molécula bufotoxina, que é um veneno muito poderoso, mas também em doses exatas e precisas é um medicamento restaurador das funções do coração.
As bruxas voavam realmente ou isso é mito?
Acontece que em seus ungüentos do vôo, as bruxas usavam óleos e pomadas extraídos de três plantas: A mandrágora, a beladona e o meimendro. Estas plantas contêm vários alcalóides dos quais destaco a hiosciamina (hoje conhecida como atropina) e a hioscina (escopa lamina).
Ervas curativas e nocivas
Temos invocado ervas e fitoterapia para tratar os nossos males e as condições de séculos, e ainda hoje, mesmo quando muito mais é sabido sobre ervas e suas propriedades medicinais, muitos olham para eles como "charlatanismo". Grande parte do mundo médico prefere aconselhar a usar drogas sintéticas comerciais para o tratamento e cura.
As empresas farmacêuticas extraem o que consideram ser o ingrediente ativo das ervas. Isolam-no e em seguida misturam-no com substâncias sintéticas. Infelizmente, isso pode levar a uma droga muito poderosa, mas desequilibrada. Os ensaios clínicos de drogas são realizados no máximo durante alguns anos, enquanto que as plantas medicinais e ervas têm sido experimentadas e testadas durante centenas de anos. Eles são conhecidos por sua eficácia no tratamento de muitas doenças.
Os remédios podem estimular o sistema imunológico, aumentando a resistência do organismo às infecções, alergias e renovam a vitalidade do corpo. Durante séculos, a fito terapia tem aumentado o nível de saúde em geral, na vitalidade e esperança de vida. Aqui estão apenas algumas:
- Goldenseal é conhecida pelas suas propriedades antibióticas.
- Camomila alivia a aflição do estômago, acalma os nervos, luta contra infecções, infecção, acelera a velocidades dos processos de cura e previne lesões.
- O alho é um antibiótico natural forte. Ajuda a reduzir o colesterol e o risco de sofrer de ataques cardíacos, evitando a formação de coágulos sanguíneos. O alho também contém propriedades anti-virais.
- Ginseng é usado para aumentar a resistência, oferece proteção ao fígado de substâncias nocivas, e estimula o sistema imunológico.
- Feverfew é usado para ajudar a prevenir enxaquecas.
- Hortelã e Pimenta proporcionam alívio da indigestão.
- Auxílios Comfrey em crescimento de novas células e ajuda a cicatrizar feridas, pois contém alantoína.
- O gengibre pode reduzir o risco de ataque cardíaco por impedir coágulos de sangue e também é inestimável para a doença de movimento.
As ervas também têm sido usadas como afrodisíaco através dos tempos. Há um número que pode ser usado com segurança para aumentar o desejo sexual e desempenho para que os homens e mulheres possam tratadas a disfunção sexual, frigidez e impotência. Aqui as ervas podem funcionar de duas maneiras - uma para aliviar a ansiedade e o medo, e os outros para influenciar os hormônios.
Os chás de ervas são conhecidos pelas suas propriedades calmantes e por proporcionarem benefícios para a saúde por desintoxicar o organismo, limpeza do cólon e acalmar a ansiedade. Ocupando o segundo lugar após a água, o chá é a bebida mais consumida no mundo. Todos os tipos de chás têm propriedades antioxidantes por causa dos polifenóis que contêm. Os chás ervais são considerados um dos tipos mais satisfatórios e úteis de usar.
Referências
http://www.i-legumes.com/ervas-propriedades-curativas.html
Albert Hofmann
Albert Hofmann (Baden, Suíça, 11 de Janeiro de 1906 — Burg im Leimental,
Suíça, 29 de Abril de 2008[1]) foi um cientista suíço, e mais bem conhecido como o "pai" do LSD.Quando estava a trabalhar na síntese dos derivados do ácido lisérgico, uma substância que impede o sangramento excessivo após o parto, descobriu acidentalmente os efeitos do LSD quando um traço da substãncia foi absorvido pela pele, de forma não intencional, um pouco desta substância e se viu obrigado a interromper o seu trabalho devido aos sintomas alucinatórios que estava a sentir. Inicialmente, foi utilizado como recurso psicoterapêutico e para tratamento de alcoolismo e disfunções sexuais.
Hofmann, depois da popularização da droga para fins não medicinais, passou a se referir ao LSD como o seu filho problemático.
•
Eu produzi a substância como um remédio. Não é minha culpa se as pessoas abusavam dele.
— Albert Hofmann
Albert Hofmann morreu de ataque do coração em 29 de abril de 2008 na cidade de Burg im Leimental, próximo de Basiléia, Suíça. Ele tinha 102 anos. É irônico que o descobridor de uma droga, e pesquisador de vários outras, provavelmente usuário delas, tenha morrido com mais de cem anos de idade, sempre lúcido e muito alegre.
Referências
• Wasson, Robert Gordon / Hofmann, Albert / Ruck, Carl A. P. (1978): The Road to Eleusis: Unveiling the Secret of the Mysteries (Ethno-Mycological Studies, No. 4). Harcourt. ISBN 0-15-177872-8
Plantas Medicinais
Planta medicinal é uma planta que contém substâncias bioativas. Muitas
destas plantas são venenosas ou tóxicas, devendo ser usadas em doses muito pequenas para terem o efeito desejado. Na realidade, toda planta, mesmo alimentícia, pode ser potencialmente tóxica dependendo da dosagem.
Existe um grande número de espécies medicinais em todo o mundo, usadas desde tempos pré-históricos na medicina popular dos diversos povos. As plantas medicinais são utilizadas pela medicina atual (fitoterapia) em diversos países, incluindo o Brasil. Entretanto, a planta "in natura" ou pré processada utilizada pela população sem recomendação médica é uma prática denominada medicina popular (ou medicina tradicional) e obviamente tem seus riscos, como por exemplo a dificuldade em se estabelecer dose, posologia e, em alguns casos, a verdadeira identidade de algumas espécies. As propriedades medicinais (ou mesmo tóxicas) destas plantas são pesquisadas em laboratórios de empresas farmacêuticas ou de universidades e institutos de pesquisa com o intuito de se identificar as substâncias que lhes conferem as propriedades farmacológicas, ou seja, encontrar os seus princípios ativos. Nestes estudos são utilizados vários modelos, sejam eles "in vitro" ou "in vivo" com animais e, dependendo da etapa, em humanos.
As plantas medicinais podem ser estudadas na forma de extratos (aquosos, etanólicos ou em outros solventes orgânicos) a fim de se investigar seu efeito levando em consideração todas as suas substâncias presentes ou com intuito de se isolar e identificar seus princípios ativos. Tais componentes futuramente podem até vir a se tornar um fármaco. Estas substâncias bioativas na maioria são metabólitos secundários que possuem efeito biológico não apenas em humanos, mas em outros organismos, os quais, dependendo da importância, podem ser sintetizados. De acordo com a legislação brasileira estabelecida pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), os fitoterápicos são obtidos a partir de plantas medicinais. Entretanto, existe rigoroso controle de qualidade e uma forma farmacêutica final (comprimido, xarope, pomada), bula e informações aos pacientes, incluindo o seu registro junto ao órgão.
Exemplos de espécies medicinais:
• Abóbora (Cucurbita pepo)
• Azedinha (Oxalis acetosella L)
• Azedinha (Rumex acetosa L)
• Babosa (Aloe vera (L) Burm f)
• Bálsamo-do-peru (Myroxylon peruiferum L f)
• Boldo-do-chile (Peumus boldus Molina)
• Borragem (Borago officinalis L)
• Bugreiro (Lithraea brasiliensis Marchand)
• Caapeba (Pothomorphe peltata (L) Miq)
• Cacau (Theobroma cacao L)
• Cafeeiro (Coffea arabica L.)
• Caju (Anacardium occidentale L)
• Cajuzinho (Anacardium humile A StHil)
• Canela-sassafrás (Ocotea odorifera (Vellozo) Rohwer)
• Cânfora (Cinnamomum camphora (L) J Presl)
• Cannabis (Cannabis Sativa L)
• Castanha-da-índia (Aesculus hippocastanum L)
• Castanha-do-pará (Bertholletia excelsa Bonpl)
• Casuarina (Casuarina equisetifolia L.)
• Cuvatã (Cupania vernalis Cambess.)
Referências
• Plantas Medicinais (USP)
destas plantas são venenosas ou tóxicas, devendo ser usadas em doses muito pequenas para terem o efeito desejado. Na realidade, toda planta, mesmo alimentícia, pode ser potencialmente tóxica dependendo da dosagem.
Existe um grande número de espécies medicinais em todo o mundo, usadas desde tempos pré-históricos na medicina popular dos diversos povos. As plantas medicinais são utilizadas pela medicina atual (fitoterapia) em diversos países, incluindo o Brasil. Entretanto, a planta "in natura" ou pré processada utilizada pela população sem recomendação médica é uma prática denominada medicina popular (ou medicina tradicional) e obviamente tem seus riscos, como por exemplo a dificuldade em se estabelecer dose, posologia e, em alguns casos, a verdadeira identidade de algumas espécies. As propriedades medicinais (ou mesmo tóxicas) destas plantas são pesquisadas em laboratórios de empresas farmacêuticas ou de universidades e institutos de pesquisa com o intuito de se identificar as substâncias que lhes conferem as propriedades farmacológicas, ou seja, encontrar os seus princípios ativos. Nestes estudos são utilizados vários modelos, sejam eles "in vitro" ou "in vivo" com animais e, dependendo da etapa, em humanos.
As plantas medicinais podem ser estudadas na forma de extratos (aquosos, etanólicos ou em outros solventes orgânicos) a fim de se investigar seu efeito levando em consideração todas as suas substâncias presentes ou com intuito de se isolar e identificar seus princípios ativos. Tais componentes futuramente podem até vir a se tornar um fármaco. Estas substâncias bioativas na maioria são metabólitos secundários que possuem efeito biológico não apenas em humanos, mas em outros organismos, os quais, dependendo da importância, podem ser sintetizados. De acordo com a legislação brasileira estabelecida pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), os fitoterápicos são obtidos a partir de plantas medicinais. Entretanto, existe rigoroso controle de qualidade e uma forma farmacêutica final (comprimido, xarope, pomada), bula e informações aos pacientes, incluindo o seu registro junto ao órgão.
Exemplos de espécies medicinais:
• Abóbora (Cucurbita pepo)
• Azedinha (Oxalis acetosella L)
• Azedinha (Rumex acetosa L)
• Babosa (Aloe vera (L) Burm f)
• Bálsamo-do-peru (Myroxylon peruiferum L f)
• Boldo-do-chile (Peumus boldus Molina)
• Borragem (Borago officinalis L)
• Bugreiro (Lithraea brasiliensis Marchand)
• Caapeba (Pothomorphe peltata (L) Miq)
• Cacau (Theobroma cacao L)
• Cafeeiro (Coffea arabica L.)
• Caju (Anacardium occidentale L)
• Cajuzinho (Anacardium humile A StHil)
• Canela-sassafrás (Ocotea odorifera (Vellozo) Rohwer)
• Cânfora (Cinnamomum camphora (L) J Presl)
• Cannabis (Cannabis Sativa L)
• Castanha-da-índia (Aesculus hippocastanum L)
• Castanha-do-pará (Bertholletia excelsa Bonpl)
• Casuarina (Casuarina equisetifolia L.)
• Cuvatã (Cupania vernalis Cambess.)
Referências
• Plantas Medicinais (USP)
Drogas Alucinógenas
Com o nome de drogas alucinógenas denomina-se um conjunto de substâncias naturais ou sintéticas capazes de atuar sobre o sistema nervoso de uma forma ainda não muito bem conhecida. A classificação mais consensualmente aceita para tal classe de substâncias psicoativas foi proposta por Jean Delay que as classifica como Dislépticas (modificadoras) em oposição aos compostos moleculares ou moléculas cujo efeito pode ser considerado como Lépticos (estimulantes) e Analépticos (depressores). A utilização destas drogas com fins recreativos oferecem sérios riscos. Distorcem os sentidos e confundem o cérebro e afetam a concentração, os pensamentos e a comunicação. Observe-se porém que nem todas as drogas que causam alucinações são consideradas alucinógenos, a exemplo da clássica visão dupla induzida pela intoxicação alcoólica.
No plano das interpretações psicológicas ou psicanalíticas situa-se entre os fenômenos de modificação das emoções e personalidade, superficialmente descritas como uma relação entre o ego e o mundo exterior/interior, análogo as interpretações que se dá ao satori zen–budista, efeitos da yoga ou transe das religiões de possessão africanas, gregas, indígenas entre outras.
Psylocibe cubensis um dos gêneros utilizados pelos antigos ToltecasPlantas & moléculas
O inventário de plantas (e elementos ativos) com propriedades alucinógenas proposto por Hofmann (apud: Fontana) inclui:
- Lophophora willamsii (mescalina) da América do Norte e Central;
- Rivea corymbosa - (ácido lisérgico) México (América Central)
- Amanita muscaria (muscarina?). Tailândia / Ásia
- Psylocybe mexicana (Pisilocina, Psilocibina) México A. Norte e Central
- Stropharia cubensis (Pisilocina, Psilocibina) México Américas
- Peganum harmala (harmina) da Ásia e América do Sul;
- Banisteria caapi (Harmina, Harmalina) Amazônia / componente da Ayahuasca América do Sul;
- Piptadenia peregrina (Anadenanthera peregrina e Anadenanthera colubrina (Dimetiltriptamina) Orenoco / América do Sul;
Efeitos colaterais
Estudos antropológicos ou etnofarmacológicos com resultados consistentes sobre a utilização ritual e efeito dessas plantas ainda são incipientes. Mesmo os estudos de psicofarmacologia ainda não produziram resultados definitivos. Os relatos de psicose são escassos e se contrapõe as frequências observadas nas populações que tradicionalmente fazem uso. Estima-se para a esquizofrenia, por inquéritos epidemiológicos, uma incidência em torno de 1% em populações urbanas das diversas Américas.
O mesmo pode ser dito quanto a segurança de uso para gestantes, ou seja, seu potencial mutagênico e teratogênico há referência à diminuição da quantidade mobilidade de espermatozóides e fertilidade feminina com o uso de maconha (Cannabis sativa) um planta que, para muitos autores, não deveria ser incluída nessa categoria de substâncias e há referências à efeito clastogênico (quebra de cromossomos) em pesquisa com LSD in vitro e aumento do número de abortos (Goth, Mota).
Referências
• Secretaria Nacional Antidrogas - SENAD
• Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos - NEIP
• Organização adroga
No plano das interpretações psicológicas ou psicanalíticas situa-se entre os fenômenos de modificação das emoções e personalidade, superficialmente descritas como uma relação entre o ego e o mundo exterior/interior, análogo as interpretações que se dá ao satori zen–budista, efeitos da yoga ou transe das religiões de possessão africanas, gregas, indígenas entre outras.
Psylocibe cubensis um dos gêneros utilizados pelos antigos ToltecasPlantas & moléculas
O inventário de plantas (e elementos ativos) com propriedades alucinógenas proposto por Hofmann (apud: Fontana) inclui:
- Lophophora willamsii (mescalina) da América do Norte e Central;
- Rivea corymbosa - (ácido lisérgico) México (América Central)
- Amanita muscaria (muscarina?). Tailândia / Ásia
- Psylocybe mexicana (Pisilocina, Psilocibina) México A. Norte e Central
- Stropharia cubensis (Pisilocina, Psilocibina) México Américas
- Peganum harmala (harmina) da Ásia e América do Sul;
- Banisteria caapi (Harmina, Harmalina) Amazônia / componente da Ayahuasca América do Sul;
- Piptadenia peregrina (Anadenanthera peregrina e Anadenanthera colubrina (Dimetiltriptamina) Orenoco / América do Sul;
Efeitos colaterais
Estudos antropológicos ou etnofarmacológicos com resultados consistentes sobre a utilização ritual e efeito dessas plantas ainda são incipientes. Mesmo os estudos de psicofarmacologia ainda não produziram resultados definitivos. Os relatos de psicose são escassos e se contrapõe as frequências observadas nas populações que tradicionalmente fazem uso. Estima-se para a esquizofrenia, por inquéritos epidemiológicos, uma incidência em torno de 1% em populações urbanas das diversas Américas.
O mesmo pode ser dito quanto a segurança de uso para gestantes, ou seja, seu potencial mutagênico e teratogênico há referência à diminuição da quantidade mobilidade de espermatozóides e fertilidade feminina com o uso de maconha (Cannabis sativa) um planta que, para muitos autores, não deveria ser incluída nessa categoria de substâncias e há referências à efeito clastogênico (quebra de cromossomos) em pesquisa com LSD in vitro e aumento do número de abortos (Goth, Mota).
Referências
• Secretaria Nacional Antidrogas - SENAD
• Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos - NEIP
• Organização adroga
LSD
Dietilamida do ácido lisérgico
O LSD, ou mais precisamente LSD25, é um composto cristalino, que ocorre naturalmente como resultado das reações metabólicas do fungo Claviceps purpurea, relacionado especialmente com os alcalóides produzidos por esta cravagem. Foi sintetizado pela primeira vez em 1938 e, em 1943, o químico suíço Albert Hofmann acidentalmente descobriu os seus efeitos, como parte de um grande programa de pesquisa em busca de derivados da ergolina em síntese dos derivados do ácido lisérgico para uma substância que impedisse o sangramento excessivo após o parto. A descoberta dos efeitos do LSD aconteceu quando Hofmann, após manuseio contínuo do produto de uma das substâncias isoladas (a pequena quantidade de LSD absorvida pelo contato com a pele é, supostamente, o suficiente para produzir seus efeitos) viu-se obrigado a interromper o trabalho que estava realizando naquele instante devido aos sintomas alucinatórios pelos quais estava passando.
Suas propriedades psicodélicas permaneceram desconhecidas até 5 anos depois, quando Hofmann, dizendo sentir um "pressentimento peculiar", voltou a trabalhar com a substância química. Ele atribuiu a descoberta dos efeitos psicoativos do composto a uma absorção acidental de uma pequena porção em sua pele em 16 de abril, que o levou a testar em si próprio uma dose maior (250 µg) em 19 de abril.[1] Dr. Hofmann chamou um médico, que não encontrou nenhum sintoma físico anormal, exceto suas pupilas dilatadas acentuadamente. Depois de passar várias horas apavorado achando que havia sido possuído por um demônio, que sua vizinha era uma bruxa e que seus móveis estavam o ameaçando, Dr. Hofmann temia tornar-se completamente insano. Depois, testou a substância novamente, em doses muito mais baixas, passando por experiências mais amenas mas ainda assim surpreendentes, e percebeu que havia utilizado uma dosagem altíssima em seu auto-experimento inicial. Maravilhado e intrigado com os efeitos do LSD, cunhou a droga como importante substância psiquiátrica experimental e lançou-a à comunidade científica.
Hoffman, também responsável por isolar diversos outros princípios ativos de medicamentos até hoje amplamente utilizados, sempre condenou o uso irresponsável e/ou ignorante dessa substância por indivíduos despreparados, que erroneamente crêem tratar-se de uma droga meramente prazerosa ou recreativa. Em seu livro LSD, My Problem Child, o químico explorou importantes questões sociais que levaram a droga à completa ilegalidade na maioria dos países, inclusive para pesquisas científicas e clínicas, conjecturando que talvez essa vetação não ocorresse tão bruscamente, caso pessoas predispostas a desordens psiquiátricas, entre as demais em que a droga pudesse desencadear efeitos adversos, não fossem facilmente expostas ao composto.
A droga foi muito visada em pesquisas; psiquiatras e demais estudiosos do tema a testaram em si mesmos para melhor entender desordens severas por que pacientes eram acometidos, pois segundo teorias e dadas experiências era possível simular a esquizofrenia sob seu efeito, entre outras condições semelhantes. Após certa experimentação e maior divulgação na comunidade científica, tornou-se prática frequente seu uso clínico em sessões de psicoterapia, pois acreditava-se que o subconsciente tornava-se intensamente acessível por meio do LSD, ajudando o paciente a chegar a uma nova percepção acerca das questões que envolvem seu universo psico-afetivo. Stanislav Grof, ganhou renome mundial com o pioneirismo desta prática nos Estados Unidos, mas teve de abandoná-la oficialmente e procurar alternativas após a ilegalidade do LSD.
A dietilamida do ácido lisérgico atingiu o apogeu de sua popularidade na década de 60, estando seu consumo constantemente associado ao movimento psicodélico, que abrange imenso número de artistas; estão entre nomes famosos Pink Floyd, David Bowie, Beatles etc. Nos anos dourados, o LSD, em seu auge, também teve sua proibição.
Regulamentação e pesquisa
O governo britânico também se interessou em testar o LSD; em 1953 e 1954, com os cientistas trabalhando para procurar uma "droga da verdade". Os voluntários dos testes não eram informados de que estavam consumindo LSD, e foi informado a eles que estavam fazendo pesquisas para outras doenças. Um voluntário, na época com 19 anos, relatou ver "paredes derretendo, e rachaduras aparecendo nos rostos das pessoas, olhos que corriam nas bochechas, entre outras figuras". Depois de manter os testes em segredo por muitos anos, o governo britânico aceitou em 2006 pagar aos voluntários uma compensação financeira. Assim como a CIA, os britânicos decidiram que o LSD não era uma droga útil para propósitos de controle de mente.
A droga foi proibida nos Estados Unidos em 1967, com as pesquisas terapêuticas científicas assim como pesquisas individuais também se tornando cada vez mais difíceis de se realizar. Muitos outros países, sob pressão dos Estados Unidos, rapidamente seguiram a restrição. Desde 1967, o uso recreacional e terapêutico do LSD tem continuado em muitos países, suportado por um mercado negro e uma demanda popular pela droga.
Efeitos
O LSD pode provocar ilusões, alucinações (auditivas e visuais), grande sensibilidade sensorial (cores mais brilhantes, percepção de sons imperceptíveis), sinestesias, experiências místicas, flashbacks, paranóia, alteração da noção temporal e espacial, confusão, pensamento desordenado, despersonalização, perda do controle emocional, sentimento de bem-estar, experiências de êxtase, euforia alternada com angústia, pânico, ansiedade, dificuldade de concentração, perturbações da memória, psicose por “má viagem” (bad trip).
Representação em 3D da molécula de LSD
Referências
1. ↑ a b c d Hofmann, Albert. LSD—My Problem Child (McGraw-Hill, 1980). ISBN 0-07-029325-2. Available online here or here; accessed 2007-02-01.
O LSD, ou mais precisamente LSD25, é um composto cristalino, que ocorre naturalmente como resultado das reações metabólicas do fungo Claviceps purpurea, relacionado especialmente com os alcalóides produzidos por esta cravagem. Foi sintetizado pela primeira vez em 1938 e, em 1943, o químico suíço Albert Hofmann acidentalmente descobriu os seus efeitos, como parte de um grande programa de pesquisa em busca de derivados da ergolina em síntese dos derivados do ácido lisérgico para uma substância que impedisse o sangramento excessivo após o parto. A descoberta dos efeitos do LSD aconteceu quando Hofmann, após manuseio contínuo do produto de uma das substâncias isoladas (a pequena quantidade de LSD absorvida pelo contato com a pele é, supostamente, o suficiente para produzir seus efeitos) viu-se obrigado a interromper o trabalho que estava realizando naquele instante devido aos sintomas alucinatórios pelos quais estava passando.
Suas propriedades psicodélicas permaneceram desconhecidas até 5 anos depois, quando Hofmann, dizendo sentir um "pressentimento peculiar", voltou a trabalhar com a substância química. Ele atribuiu a descoberta dos efeitos psicoativos do composto a uma absorção acidental de uma pequena porção em sua pele em 16 de abril, que o levou a testar em si próprio uma dose maior (250 µg) em 19 de abril.[1] Dr. Hofmann chamou um médico, que não encontrou nenhum sintoma físico anormal, exceto suas pupilas dilatadas acentuadamente. Depois de passar várias horas apavorado achando que havia sido possuído por um demônio, que sua vizinha era uma bruxa e que seus móveis estavam o ameaçando, Dr. Hofmann temia tornar-se completamente insano. Depois, testou a substância novamente, em doses muito mais baixas, passando por experiências mais amenas mas ainda assim surpreendentes, e percebeu que havia utilizado uma dosagem altíssima em seu auto-experimento inicial. Maravilhado e intrigado com os efeitos do LSD, cunhou a droga como importante substância psiquiátrica experimental e lançou-a à comunidade científica.
Hoffman, também responsável por isolar diversos outros princípios ativos de medicamentos até hoje amplamente utilizados, sempre condenou o uso irresponsável e/ou ignorante dessa substância por indivíduos despreparados, que erroneamente crêem tratar-se de uma droga meramente prazerosa ou recreativa. Em seu livro LSD, My Problem Child, o químico explorou importantes questões sociais que levaram a droga à completa ilegalidade na maioria dos países, inclusive para pesquisas científicas e clínicas, conjecturando que talvez essa vetação não ocorresse tão bruscamente, caso pessoas predispostas a desordens psiquiátricas, entre as demais em que a droga pudesse desencadear efeitos adversos, não fossem facilmente expostas ao composto.
A droga foi muito visada em pesquisas; psiquiatras e demais estudiosos do tema a testaram em si mesmos para melhor entender desordens severas por que pacientes eram acometidos, pois segundo teorias e dadas experiências era possível simular a esquizofrenia sob seu efeito, entre outras condições semelhantes. Após certa experimentação e maior divulgação na comunidade científica, tornou-se prática frequente seu uso clínico em sessões de psicoterapia, pois acreditava-se que o subconsciente tornava-se intensamente acessível por meio do LSD, ajudando o paciente a chegar a uma nova percepção acerca das questões que envolvem seu universo psico-afetivo. Stanislav Grof, ganhou renome mundial com o pioneirismo desta prática nos Estados Unidos, mas teve de abandoná-la oficialmente e procurar alternativas após a ilegalidade do LSD.
A dietilamida do ácido lisérgico atingiu o apogeu de sua popularidade na década de 60, estando seu consumo constantemente associado ao movimento psicodélico, que abrange imenso número de artistas; estão entre nomes famosos Pink Floyd, David Bowie, Beatles etc. Nos anos dourados, o LSD, em seu auge, também teve sua proibição.
Regulamentação e pesquisa
O governo britânico também se interessou em testar o LSD; em 1953 e 1954, com os cientistas trabalhando para procurar uma "droga da verdade". Os voluntários dos testes não eram informados de que estavam consumindo LSD, e foi informado a eles que estavam fazendo pesquisas para outras doenças. Um voluntário, na época com 19 anos, relatou ver "paredes derretendo, e rachaduras aparecendo nos rostos das pessoas, olhos que corriam nas bochechas, entre outras figuras". Depois de manter os testes em segredo por muitos anos, o governo britânico aceitou em 2006 pagar aos voluntários uma compensação financeira. Assim como a CIA, os britânicos decidiram que o LSD não era uma droga útil para propósitos de controle de mente.
A droga foi proibida nos Estados Unidos em 1967, com as pesquisas terapêuticas científicas assim como pesquisas individuais também se tornando cada vez mais difíceis de se realizar. Muitos outros países, sob pressão dos Estados Unidos, rapidamente seguiram a restrição. Desde 1967, o uso recreacional e terapêutico do LSD tem continuado em muitos países, suportado por um mercado negro e uma demanda popular pela droga.
Efeitos
O LSD pode provocar ilusões, alucinações (auditivas e visuais), grande sensibilidade sensorial (cores mais brilhantes, percepção de sons imperceptíveis), sinestesias, experiências místicas, flashbacks, paranóia, alteração da noção temporal e espacial, confusão, pensamento desordenado, despersonalização, perda do controle emocional, sentimento de bem-estar, experiências de êxtase, euforia alternada com angústia, pânico, ansiedade, dificuldade de concentração, perturbações da memória, psicose por “má viagem” (bad trip).
Representação em 3D da molécula de LSD
Referências
1. ↑ a b c d Hofmann, Albert. LSD—My Problem Child (McGraw-Hill, 1980). ISBN 0-07-029325-2. Available online here or here; accessed 2007-02-01.
Drogas Ilícitas
Maconha
Cocaína
As drogas ilícitas são substâncias proibidas de serem produzidas, comercializadas e consumidas. Em alguns países, determinadas drogas são permitidas sendo que seu uso é considerado normal e integrante da cultura. Tais substâncias podem ser estimulantes, depressivas ou perturbadoras do sistema nervoso central, o que perceptivelmente altera em grande escala o organismo.
São drogas ilícitas: maconha, cocaína, crack, ecstasy, LSD, inalantes, heroína, barbitúricos, morfina, Skank, chá de cogumelo, anfetaminas, clorofórmio, ópio e outras. Por serem proibidas, as drogas ilícitas entram no país de forma ilegal através do tráfico que promove a comercialização negra, ou seja, a comercialização feita sem a autorização das autoridades. Dentre as conseqüências que as drogas ilícitas trazem pode-se dar ênfase à violência gerada por elas em todas as fases de produção até o consumidor final. As demais conseqüências são: arritmia cardíaca, trombose, AVC, necrose cerebral, insuficiência renal e cardíaca, depressão, disforia, alterações nas funções motoras, perda de memória, disfunções no sistema reprodutor e respiratório, câncer, espinhas, convulsões, desidratação, náuseas e exaustão.
É importante esclarecer que a dependência das drogas é tratável, ou seja, através do auxílio médico e familiar uma pessoa pode deixar o vício e voltar a ter uma vida normal sem que necessite depositar substâncias que criam falsas necessidades no organismo e impedindo que o rendimento do organismo seja comprometido.
Referências
Equipe Brasil Escola
Cocaína
As drogas ilícitas são substâncias proibidas de serem produzidas, comercializadas e consumidas. Em alguns países, determinadas drogas são permitidas sendo que seu uso é considerado normal e integrante da cultura. Tais substâncias podem ser estimulantes, depressivas ou perturbadoras do sistema nervoso central, o que perceptivelmente altera em grande escala o organismo.
São drogas ilícitas: maconha, cocaína, crack, ecstasy, LSD, inalantes, heroína, barbitúricos, morfina, Skank, chá de cogumelo, anfetaminas, clorofórmio, ópio e outras. Por serem proibidas, as drogas ilícitas entram no país de forma ilegal através do tráfico que promove a comercialização negra, ou seja, a comercialização feita sem a autorização das autoridades. Dentre as conseqüências que as drogas ilícitas trazem pode-se dar ênfase à violência gerada por elas em todas as fases de produção até o consumidor final. As demais conseqüências são: arritmia cardíaca, trombose, AVC, necrose cerebral, insuficiência renal e cardíaca, depressão, disforia, alterações nas funções motoras, perda de memória, disfunções no sistema reprodutor e respiratório, câncer, espinhas, convulsões, desidratação, náuseas e exaustão.
É importante esclarecer que a dependência das drogas é tratável, ou seja, através do auxílio médico e familiar uma pessoa pode deixar o vício e voltar a ter uma vida normal sem que necessite depositar substâncias que criam falsas necessidades no organismo e impedindo que o rendimento do organismo seja comprometido.
Referências
Equipe Brasil Escola
Atropina
A atropina é um alcalóide, encontrado na planta Atropa belladonna e outras de sua família, que interfere na acção da acetilcolina no organismo. Ele é um antagonista muscarínico que age nas terminações nervosas parassimpáticas inibido-as.WHO Model List of Essential Medicines (PDF).
A Atropa belladona (ou erva-moura mortal) fornece principalmente o alcalóide Atropina (dl-hiosciamina). O mesmo alcalóide é encontrado na Datura stramonium, conhecida como estramônio ou figueira-do-inferno, pilrito, ou ainda maçã-do-diabo. A atropina é formada por ésteres orgânicos pela combinação de um ácido aromático (ácido trópico) e bases orgânicas complexas formando tropina (tropanol).
Propriedades
Atua bloqueando o efeito do nódulo sinoatrial, o que aumenta a condução através do nódulo atrioventricular e consequentemente o batimento cardíaco. No estômago e intestino pode ser usado como agente antiespasmódico para os distúrbios gastrintestinais e tratamento da úlcera péptica. Atropina reduz sua função secretória. Em doses mínimas, a atropina inibe a atividade das glândulas sudoríparas e a pele torna-se seca e quente. A transpiração pode ser inibida a ponto de aumentar a temperatura corpórea, porém este efeito é notável apenas depois da utilização de doses altas, ou sob temperaturas ambientes elevadas. Nos lactentes e nas crianças, doses moderadas dos pode causar febre atropínica.
Indicações
Atropa belladonna.
• Parassimpaticolítico
• Antiespasmódico
• Anti-secretor
• Intoxicação por inseticidas (organofosforados)
• Dilatador dos brônquios no colapso respiratório
• Edema pulmonar
• Midriático na dilatação da pupila
• Antídoto da eserina, pilocarpina, morfina, carbamato, arecolina, organofosforados, clorofórmio, adubos químicos e inseticidas
• Contaminação por gases neurotóxicos, como o Sarin, VX e Soman.
Contra-indicações
• Glaucoma
• Íleo paralítico
• Estenose pilórica
• Hipertrofia prostática
• Coronariopatias
• Cardiopatia chagásica
• Pacientes sensíveis a qualquer alcalóide ou barbitúrico
• Gestantes
Efeitos adversos
Como qualquer bloqueador colinérgico causa secura de lábios, constipação intestinal, alucinações, tremores, fadiga, fotofobia, entre outros.
Referências
1. ↑ * BRYAN E, Bledsoe. Intermediate Emergency Care. Upper Saddle River, NJ: [s.n.], 2004. 260 p.
2. ↑ Untitled Document
A Atropa belladona (ou erva-moura mortal) fornece principalmente o alcalóide Atropina (dl-hiosciamina). O mesmo alcalóide é encontrado na Datura stramonium, conhecida como estramônio ou figueira-do-inferno, pilrito, ou ainda maçã-do-diabo. A atropina é formada por ésteres orgânicos pela combinação de um ácido aromático (ácido trópico) e bases orgânicas complexas formando tropina (tropanol).
Propriedades
Atua bloqueando o efeito do nódulo sinoatrial, o que aumenta a condução através do nódulo atrioventricular e consequentemente o batimento cardíaco. No estômago e intestino pode ser usado como agente antiespasmódico para os distúrbios gastrintestinais e tratamento da úlcera péptica. Atropina reduz sua função secretória. Em doses mínimas, a atropina inibe a atividade das glândulas sudoríparas e a pele torna-se seca e quente. A transpiração pode ser inibida a ponto de aumentar a temperatura corpórea, porém este efeito é notável apenas depois da utilização de doses altas, ou sob temperaturas ambientes elevadas. Nos lactentes e nas crianças, doses moderadas dos pode causar febre atropínica.
Indicações
Atropa belladonna.
• Parassimpaticolítico
• Antiespasmódico
• Anti-secretor
• Intoxicação por inseticidas (organofosforados)
• Dilatador dos brônquios no colapso respiratório
• Edema pulmonar
• Midriático na dilatação da pupila
• Antídoto da eserina, pilocarpina, morfina, carbamato, arecolina, organofosforados, clorofórmio, adubos químicos e inseticidas
• Contaminação por gases neurotóxicos, como o Sarin, VX e Soman.
Contra-indicações
• Glaucoma
• Íleo paralítico
• Estenose pilórica
• Hipertrofia prostática
• Coronariopatias
• Cardiopatia chagásica
• Pacientes sensíveis a qualquer alcalóide ou barbitúrico
• Gestantes
Efeitos adversos
Como qualquer bloqueador colinérgico causa secura de lábios, constipação intestinal, alucinações, tremores, fadiga, fotofobia, entre outros.
Referências
1. ↑ * BRYAN E, Bledsoe. Intermediate Emergency Care. Upper Saddle River, NJ: [s.n.], 2004. 260 p.
2. ↑ Untitled Document
Alcaloide
Estrutura química do alcalóide codeína, um derivado do ópio.
Alcalóide (de álcali, básico, com o sufixo -oide, "-semelhante a") é uma substância de caráter básico derivada principalmente de plantas (mas não somente, podendo ser também derivadas de fungos, bactérias e até mesmo de animais)que contêm, em sua fórmula, basicamente nitrogênio, oxigênio, hidrogênio e carbono.
Seus nomes comuns e que estamos mais habituados a ver, geralmente terminam com o sufixo ina: cafeína (do café, que é chamada de pseudoalcalóide por ser, na verdade, uma xantina), cocaína (da coca), pilocarpina (do jaborandi), papaverina/morfina/heroína/codeína (da papoula),psilocibina do cogumelo psilocybe cubensis, almíscar que é extraído de uma glândula do cervo-almiscarado, etc.
São geralmente sólidos brancos (com exceção da nicotina). Nas plantas podem existir no estado livre, como sais ou como óxidos. Eles também correspondem aos principais terapêuticos naturais com ação: anestésica, analgésica, psico-estimulantes, neuro-depressores, etc.
Podem ser divididos em três grupos:
• Alcalides verdadeiros, que possuem anel heterocíclico com um átomo de nitrogênio e sua biosíntese se dá através de um aminoácido;
• Protoalcalóides, átomo de nitrogênio que se originam de um aminoácido (exemplo: cocaína); e
• Pseudo-alcalóides, são derivados de terpenos ou esteróides e não de aminoácidos.
• Geralmente derivado de plantas, mas recentes estudos apontam para extração alcaloídica de animais.
Referências
• Alcalóides - www.dq.fct.unl.pt
Alcalóide (de álcali, básico, com o sufixo -oide, "-semelhante a") é uma substância de caráter básico derivada principalmente de plantas (mas não somente, podendo ser também derivadas de fungos, bactérias e até mesmo de animais)que contêm, em sua fórmula, basicamente nitrogênio, oxigênio, hidrogênio e carbono.
Seus nomes comuns e que estamos mais habituados a ver, geralmente terminam com o sufixo ina: cafeína (do café, que é chamada de pseudoalcalóide por ser, na verdade, uma xantina), cocaína (da coca), pilocarpina (do jaborandi), papaverina/morfina/heroína/codeína (da papoula),psilocibina do cogumelo psilocybe cubensis, almíscar que é extraído de uma glândula do cervo-almiscarado, etc.
São geralmente sólidos brancos (com exceção da nicotina). Nas plantas podem existir no estado livre, como sais ou como óxidos. Eles também correspondem aos principais terapêuticos naturais com ação: anestésica, analgésica, psico-estimulantes, neuro-depressores, etc.
Podem ser divididos em três grupos:
• Alcalides verdadeiros, que possuem anel heterocíclico com um átomo de nitrogênio e sua biosíntese se dá através de um aminoácido;
• Protoalcalóides, átomo de nitrogênio que se originam de um aminoácido (exemplo: cocaína); e
• Pseudo-alcalóides, são derivados de terpenos ou esteróides e não de aminoácidos.
• Geralmente derivado de plantas, mas recentes estudos apontam para extração alcaloídica de animais.
Referências
• Alcalóides - www.dq.fct.unl.pt
Considerações Finais
Muitos especialistas concluíram que o ergotismo foi em última análise responsável pelas acusações de bruxaria contra cerca de 250 pessoas (sobretudo mulheres) no ano de 1692 em salem.
Os sintomas manifestados pelas vítimas são compatíveis com o ergotismo: diarréia, vômitos, convulsões, alucinações, ataques apopléticos, fala desarticulada, distorções estranhas dos membros, formigamentos e perturbações sensórias agudas.
Parece provável que, pelo menos de início, o ergotismo tenha sido a causa da caça às bruxas em Salem; quase todas as 30 vítimas que declararam ter sido enfeitiçadas eram meninas ou mulheres jovens,sabidamente mais suscetíveis aos alcalóides da cravagem.
São mais sugestivos de histeria ou de pura e simples maldade.
Um fenômeno comum nos julgamentos, vítimas sofriam um ataque convulsivo quando confrontadas com a bruxa acusada, sem dúvida, gostando da atenção que lhes era dada, e percebendo o poder que exerciam, as vítimas denunciavam tanto os vizinhos que conheciam como moradores de sua vila de quem mal tinham ouvido falar. O sofrimento das verdadeiras vítimas da caça às bruxas de Salem, as 19 pessoas enforcadas (e uma morta por esmagamento sob um monte de pedras), as que foram torturadas e presas, as famílias destruídas pode ser atribuído a molécula de ergotina, mas a responsabilidade última deve ser atribuída à fraqueza moral humana.
Como a cocaína, os alcalóides da ergotina, embora tóxicos e perigosos, têm uma longa história de uso terapêutico, e as ergotinas continuam desempenhando um papel na medicina.
Todos os alcalóides da ergotina têm uma característica química em comum: são derivados de uma molécula conhecida como ácido lisérgico. O grupo OH de ácido lisérgico é substituído por um grupo lateral maior, como na molécula de ergotina e na molécula ergovina.
Albert Hofmann, um químico que trabalhava nos laboratórios de pesquisa, preparou um outro derivado.
Ele chamou a dietilamida do ácido de LSD-25 hoje conhecido simplesmente como LSD.
Foi só em 1943, quando produziu o derivado de novo, que Hfmann experimentou inadvertidamente a primeira das que viriam a ser conhecidas na década de 1960 como viagens de ácido. Como o LSD não é absorvido pela pele, Hofmann transferiu dos dedos para a boca.
Hofmann decidiu tomar deliberadamente LSD para testar sua suposição de que era esse composto que produzira as alucinações.
O LSD é dez mil vezes mais potente como alucinógeno que a mescalina, ficando tonto rapidamente, Hofmann pediu a seu assistente que o acompanhasse em sua volta para casa de bicicleta pelas ruas de Basiléia.
Além de ter alucinações, ficou paranóico,com sentimentos alternados de intensa inquietação e paralisia, falava de maneira inarticulada e incoerente, sentiu medo de sufocar, teve a impressão de que saíra de seu corpo e percebeu visualmente os sons. A certa altura, Hofmann chegou mesmo a considerar a possibilidade de ter sofrido um dano cerebral permanente, na manhã seguinte a essa experiência, Hofmann acordou sentindo-se normal, com memória completa do que havia acontecido e aparentemente sem quaisquer efeitos colaterais. Em 1947, a companhia Sandoz começou a comercializar LSD como um instrumento em psicoterapia e em particular para o tratamento de ezquisofrenia alcoólica. Na década de 1960 o LSD tornou-se uma droga apreciada pelos jovens do mundo inteiro, foi promovido por um psicólogo, como a religião do século 21 e o caminho para a realização espiritual e criativa. Milhares seguiram seu conselho de “ligar-se e, sintonizar, dar as costas à sociedade”. Seria essa fuga da vida cotidiana induzida por um alcalóide tão diferente das sensações experimentadas pelas mulheres acusadas de bruxaria algumas centenas de anos antes?
A atropina e os alcalóides da ergotina não causaram a bruxaria. Contudo, foram interpretados como prova contra grandes números de mulheres inocentes, em geral as mais pobres e as mais vulneráveis da sociedade. Os acusadores se baseavam numa alegação química: “Ela deve ser feiticeira pois diz que pode voar” ou “ela deve ser culpada pois a aldeia inteira está enfeitiçada”. As atitudes que haviam permitido quatro séculos de perseguição a mulheres como bruxas não mudaram de imediato. Teriam essas moléculas de alcalóide contribuído para uma herança perceptível de preconceitos contra as mulheres.
Sem essas tradições ligadas às ervas talvez nunca tivéssemos produzido o arsenal de fármacos que temos atualmente. Mas hoje, se não executamos mais os que apreciam remédios potentes feitos com o mundo dos vegetais, estamos eliminando as próprias plantas.
De um ponto de vista molecular, o folclore do passado pode ser uma chave para nossa sobrevivência no futuro.
Os sintomas manifestados pelas vítimas são compatíveis com o ergotismo: diarréia, vômitos, convulsões, alucinações, ataques apopléticos, fala desarticulada, distorções estranhas dos membros, formigamentos e perturbações sensórias agudas.
Parece provável que, pelo menos de início, o ergotismo tenha sido a causa da caça às bruxas em Salem; quase todas as 30 vítimas que declararam ter sido enfeitiçadas eram meninas ou mulheres jovens,sabidamente mais suscetíveis aos alcalóides da cravagem.
São mais sugestivos de histeria ou de pura e simples maldade.
Um fenômeno comum nos julgamentos, vítimas sofriam um ataque convulsivo quando confrontadas com a bruxa acusada, sem dúvida, gostando da atenção que lhes era dada, e percebendo o poder que exerciam, as vítimas denunciavam tanto os vizinhos que conheciam como moradores de sua vila de quem mal tinham ouvido falar. O sofrimento das verdadeiras vítimas da caça às bruxas de Salem, as 19 pessoas enforcadas (e uma morta por esmagamento sob um monte de pedras), as que foram torturadas e presas, as famílias destruídas pode ser atribuído a molécula de ergotina, mas a responsabilidade última deve ser atribuída à fraqueza moral humana.
Como a cocaína, os alcalóides da ergotina, embora tóxicos e perigosos, têm uma longa história de uso terapêutico, e as ergotinas continuam desempenhando um papel na medicina.
Todos os alcalóides da ergotina têm uma característica química em comum: são derivados de uma molécula conhecida como ácido lisérgico. O grupo OH de ácido lisérgico é substituído por um grupo lateral maior, como na molécula de ergotina e na molécula ergovina.
Albert Hofmann, um químico que trabalhava nos laboratórios de pesquisa, preparou um outro derivado.
Ele chamou a dietilamida do ácido de LSD-25 hoje conhecido simplesmente como LSD.
Foi só em 1943, quando produziu o derivado de novo, que Hfmann experimentou inadvertidamente a primeira das que viriam a ser conhecidas na década de 1960 como viagens de ácido. Como o LSD não é absorvido pela pele, Hofmann transferiu dos dedos para a boca.
Hofmann decidiu tomar deliberadamente LSD para testar sua suposição de que era esse composto que produzira as alucinações.
O LSD é dez mil vezes mais potente como alucinógeno que a mescalina, ficando tonto rapidamente, Hofmann pediu a seu assistente que o acompanhasse em sua volta para casa de bicicleta pelas ruas de Basiléia.
Além de ter alucinações, ficou paranóico,com sentimentos alternados de intensa inquietação e paralisia, falava de maneira inarticulada e incoerente, sentiu medo de sufocar, teve a impressão de que saíra de seu corpo e percebeu visualmente os sons. A certa altura, Hofmann chegou mesmo a considerar a possibilidade de ter sofrido um dano cerebral permanente, na manhã seguinte a essa experiência, Hofmann acordou sentindo-se normal, com memória completa do que havia acontecido e aparentemente sem quaisquer efeitos colaterais. Em 1947, a companhia Sandoz começou a comercializar LSD como um instrumento em psicoterapia e em particular para o tratamento de ezquisofrenia alcoólica. Na década de 1960 o LSD tornou-se uma droga apreciada pelos jovens do mundo inteiro, foi promovido por um psicólogo, como a religião do século 21 e o caminho para a realização espiritual e criativa. Milhares seguiram seu conselho de “ligar-se e, sintonizar, dar as costas à sociedade”. Seria essa fuga da vida cotidiana induzida por um alcalóide tão diferente das sensações experimentadas pelas mulheres acusadas de bruxaria algumas centenas de anos antes?
A atropina e os alcalóides da ergotina não causaram a bruxaria. Contudo, foram interpretados como prova contra grandes números de mulheres inocentes, em geral as mais pobres e as mais vulneráveis da sociedade. Os acusadores se baseavam numa alegação química: “Ela deve ser feiticeira pois diz que pode voar” ou “ela deve ser culpada pois a aldeia inteira está enfeitiçada”. As atitudes que haviam permitido quatro séculos de perseguição a mulheres como bruxas não mudaram de imediato. Teriam essas moléculas de alcalóide contribuído para uma herança perceptível de preconceitos contra as mulheres.
Sem essas tradições ligadas às ervas talvez nunca tivéssemos produzido o arsenal de fármacos que temos atualmente. Mas hoje, se não executamos mais os que apreciam remédios potentes feitos com o mundo dos vegetais, estamos eliminando as próprias plantas.
De um ponto de vista molecular, o folclore do passado pode ser uma chave para nossa sobrevivência no futuro.
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