quarta-feira, 27 de abril de 2011

Drogas Alucinógenas

Com o nome de drogas alucinógenas denomina-se um conjunto de substâncias naturais ou sintéticas capazes de atuar sobre o sistema nervoso de uma forma ainda não muito bem conhecida. A classificação mais consensualmente aceita para tal classe de substâncias psicoativas foi proposta por Jean Delay que as classifica como Dislépticas (modificadoras) em oposição aos compostos moleculares ou moléculas cujo efeito pode ser considerado como Lépticos (estimulantes) e Analépticos (depressores). A utilização destas drogas com fins recreativos oferecem sérios riscos. Distorcem os sentidos e confundem o cérebro e afetam a concentração, os pensamentos e a comunicação. Observe-se porém que nem todas as drogas que causam alucinações são consideradas alucinógenos, a exemplo da clássica visão dupla induzida pela intoxicação alcoólica.
No plano das interpretações psicológicas ou psicanalíticas situa-se entre os fenômenos de modificação das emoções e personalidade, superficialmente descritas como uma relação entre o ego e o mundo exterior/interior, análogo as interpretações que se dá ao satori zen–budista, efeitos da yoga ou transe das religiões de possessão africanas, gregas, indígenas entre outras.
Psylocibe cubensis um dos gêneros utilizados pelos antigos Toltecas
Plantas & moléculas

O inventário de plantas (e elementos ativos) com propriedades alucinógenas proposto por Hofmann (apud: Fontana) inclui:
- Lophophora willamsii (mescalina) da América do Norte e Central;
- Rivea corymbosa - (ácido lisérgico) México (América Central)
- Amanita muscaria (muscarina?). Tailândia / Ásia
- Psylocybe mexicana (Pisilocina, Psilocibina) México A. Norte e Central
- Stropharia cubensis (Pisilocina, Psilocibina) México Américas
- Peganum harmala (harmina) da Ásia e América do Sul;
- Banisteria caapi (Harmina, Harmalina) Amazônia / componente da Ayahuasca América do Sul;
- Piptadenia peregrina (Anadenanthera peregrina e Anadenanthera colubrina (Dimetiltriptamina) Orenoco / América do Sul;
Efeitos colaterais

Estudos antropológicos ou etnofarmacológicos com resultados consistentes sobre a utilização ritual e efeito dessas plantas ainda são incipientes. Mesmo os estudos de psicofarmacologia ainda não produziram resultados definitivos. Os relatos de psicose são escassos e se contrapõe as frequências observadas nas populações que tradicionalmente fazem uso. Estima-se para a esquizofrenia, por inquéritos epidemiológicos, uma incidência em torno de 1% em populações urbanas das diversas Américas.
O mesmo pode ser dito quanto a segurança de uso para gestantes, ou seja, seu potencial mutagênico e teratogênico há referência à diminuição da quantidade mobilidade de espermatozóides e fertilidade feminina com o uso de maconha (Cannabis sativa) um planta que, para muitos autores, não deveria ser incluída nessa categoria de substâncias e há referências à efeito clastogênico (quebra de cromossomos) em pesquisa com LSD in vitro e aumento do número de abortos (Goth, Mota).
Referências
• Secretaria Nacional Antidrogas - SENAD
• Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos - NEIP
• Organização adroga

Nenhum comentário:

Postar um comentário